segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Lavorando.

Muita gente tem me perguntado como eu consegui arrumar um emprego num pais estranho, dizem que é muito difícil, que sulamericano só arruma sub-emprego e essas coisas. No meu caso nem tenho muito o que dizer. Fiquei os 6 primeiros meses aqui na Itália, só estudando um pouco de italiano e cuidando da casa e das meninas (1 esposa e 2 filhas). Primeiro porque não queria ir atrás de trabalho sem um mínimo conhecimento do idioma e depois porque tinha uma porrada de coisa pra fazer, entre obrigações escolares das meninas e obrigações burocráticas italianas.

Quando finalmente achei que o italiano estava num nível aceitável resolvi começar a procurar trabalho. A primeira agência em que eu fui se chama Cayenne e cheguei até ela através de um anúncio numa revista de publicidade. Não deu em nada, na verdade eles estavam procurando um arte finalista, mas a entrevista foi boa pra quebrar um pouco o gelo e acabar com o medo de uma entrevista de emprego em outra língua. Acredite, falar com o vizinho é uma coisa, explicar o teu trabalho é outra completamente diferente.

Depois disso, fui ao site do Clube de Criação italiano, peguei os contatos dos Diretores de Criação nas grandes agências, e mais alguns em agências menores cujo portflio era bacana, e saí disparando e-mails. Alguns nem responderam e outros responderam dizendo que não estavam procurando diretor de arte. Mas uma boa parte respondeu positivamente e dai em diante foi entrevista atrás de entrevista.

Foi então que abriu uma vaga numa agência chamada Brand Portal e conversa vai, conversa vem, o diretor de criação da Publicis me indicou. E eu sem saber de nada. Um belo dia recebo uma ligação: "Oi, meu nome é Frederico, e tava querendo ver seu portfolio, pode dar uma passada aqui?" lá vou eu para mais uma entrevista, porém também nessa agência eles estavam atrás de um profissional mais voltado para a finalização, mas... ficou no ar uma promessa de tentar me encaixar na equipe. Acontece que um dos diretores de criação de lá, já estava em conversações para trocar de agência, e como na nova agência ele ia precisar de um diretor de arte, ele acabou me chamando. Mesmo que com isso tenha meio que "furado o olho" da agencia onde trabalhava. Se é que aquela promessa era mesmo verdadeira...

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