Pois é... voltei para o Brasil e agora estou pensando o que fazer com esse blog... acho que ele vai passar por algum tipo de reformulação embora eu não saiba bem o que ainda... Enquanto isso, podem dar uma olhada no meu outro blog se quiserem...
A presto
sexta-feira, 5 de junho de 2009
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
PEDI DEMISSÃO!!!!!!!
Aêêêêê... nunca achei que perder o emprego pudesse ser tão libertador... hehehe
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Natal Acqua di Parma
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Italian way of life 02
Ainda falando do modo como os italianos tratam os clientes, quando arrumei um italiano do qual fiquei amigo o suficiente pra perguntar, perguntei: "Vem cá, porque comerciantes cagam desse jeito pros consumidores?" e sabe qual foi a resposta? "Porque os comerciantes não precisam deles." Acuma???
Pois é... foi o que eu perguntei. E então veio a explicação. O que acontece é que aqui as coisas funcionam mais ou menos como nas cidadezinhas do interior do Brasil, ou melhor, funcionam como numa oficina ou num cabelereiro, só que pra tudo. Ou seja: as pessoas tem a sua padaria, a sua farmácia, o seu jornaleiro, o seu chaveiro e assim pro diante. Com isso, cada comerciante tem seu público fiel e literalmente caga para o resto. Pra ele pouco importa se eu que entrei ali pela primeira vez vou voltar ou não. Foda-se ele já tem a sua clientela e pronto.
E isso ficou muito claro outro dia pra mim.
Antes de contar a historinha, vale dizer que tem uma banca de jornal do lado da minha casa na qual eu fui umas 2 ou 3 vezes e todas as vezes fui maltratado e depois disso nunca mais voltei. Andava mais mas só ia na banca do Arabe que me tratava bem. Algum tempo depois descobri que eu e o dono da banca aqui perto moravamos no mesmo prédio, topei com ele algumas vezes no hall de entrada e trocamos alguns bom dias com ele sempre mal humorado...
Dito isso, vamos à nossa historinha de hoje:
Está saindo nas bancas daqui uma coleção que republica as principais histórias do Batman. Essa coleção vem junto com a revista Panorama (a Epoca daqui). Toda semana, junto com a revista vem um livro capa dura. Então, toda sexta feira eu passava em alguma banca no caminho de casa pra comprar a tal coleção. Acontece que sexta feira passada eu passei em 3 bancas e não achei. Nem no Arabe tinha mais. Então quando estava chegando em casa resolvi passar na banca do mal humorado. E não é que tinha. Tudo bem, comprei, paguei, fui embora e pronto. Fim de papo. Então, na outra sexta feira saí tarde do trabalho e não consegui passar em nenhuma banca. Sábado, saindo de casa, resolvi, por pura preguiça, passar na banca do mal humorado de novo e como ele estava atendendo alguém fiquei esperando (já me acostumei com o esquema monotarefa italiano) e procurando nas prateleiras pra ver se achava a coleção... e não é que o sujeito parou o que ele estava fazendo pra esse outro cliente, virou pra mim, abriu o maior sorrisão e disse:
Jornaleiro: Tá aqui dentro, eu guardei pra você.
Eu: hã?
Jornaleiro: Tá aqui ó! (pegando a panorama com o Batman debaixo do balcão)
Eu: como assim?
Jornaleiro: Recebi essa manhã e lembrei de você, então guardei uma.
Eu: errr... brigado.
Jornaleiro: Se você não passasse depois botava de volta na estante, mas como você tá comprando resolvi guardar... se quiser, guardo pra você todas as semanas, quer?
Eu: errr... pode ser. (ainda sem entender o que estava acontecendo)
Bem, paguei e fui me embora ainda estranhando toda aquela gentileza repentina... foi então que me lembrei da explicação do meu amigo italiano e me toquei que o fato de morarmos no mesmo prédio, na cabeça do jornaleiro deve ter me automaticamente me incluido na sua clientela, e assim, de um dia pro outro eu passei a ser bem tratado...
Como dizia Oblelix: Esses Romanos são uns loucos!
Pois é... foi o que eu perguntei. E então veio a explicação. O que acontece é que aqui as coisas funcionam mais ou menos como nas cidadezinhas do interior do Brasil, ou melhor, funcionam como numa oficina ou num cabelereiro, só que pra tudo. Ou seja: as pessoas tem a sua padaria, a sua farmácia, o seu jornaleiro, o seu chaveiro e assim pro diante. Com isso, cada comerciante tem seu público fiel e literalmente caga para o resto. Pra ele pouco importa se eu que entrei ali pela primeira vez vou voltar ou não. Foda-se ele já tem a sua clientela e pronto.
E isso ficou muito claro outro dia pra mim.
Antes de contar a historinha, vale dizer que tem uma banca de jornal do lado da minha casa na qual eu fui umas 2 ou 3 vezes e todas as vezes fui maltratado e depois disso nunca mais voltei. Andava mais mas só ia na banca do Arabe que me tratava bem. Algum tempo depois descobri que eu e o dono da banca aqui perto moravamos no mesmo prédio, topei com ele algumas vezes no hall de entrada e trocamos alguns bom dias com ele sempre mal humorado...
Dito isso, vamos à nossa historinha de hoje:
Está saindo nas bancas daqui uma coleção que republica as principais histórias do Batman. Essa coleção vem junto com a revista Panorama (a Epoca daqui). Toda semana, junto com a revista vem um livro capa dura. Então, toda sexta feira eu passava em alguma banca no caminho de casa pra comprar a tal coleção. Acontece que sexta feira passada eu passei em 3 bancas e não achei. Nem no Arabe tinha mais. Então quando estava chegando em casa resolvi passar na banca do mal humorado. E não é que tinha. Tudo bem, comprei, paguei, fui embora e pronto. Fim de papo. Então, na outra sexta feira saí tarde do trabalho e não consegui passar em nenhuma banca. Sábado, saindo de casa, resolvi, por pura preguiça, passar na banca do mal humorado de novo e como ele estava atendendo alguém fiquei esperando (já me acostumei com o esquema monotarefa italiano) e procurando nas prateleiras pra ver se achava a coleção... e não é que o sujeito parou o que ele estava fazendo pra esse outro cliente, virou pra mim, abriu o maior sorrisão e disse:
Jornaleiro: Tá aqui dentro, eu guardei pra você.
Eu: hã?
Jornaleiro: Tá aqui ó! (pegando a panorama com o Batman debaixo do balcão)
Eu: como assim?
Jornaleiro: Recebi essa manhã e lembrei de você, então guardei uma.
Eu: errr... brigado.
Jornaleiro: Se você não passasse depois botava de volta na estante, mas como você tá comprando resolvi guardar... se quiser, guardo pra você todas as semanas, quer?
Eu: errr... pode ser. (ainda sem entender o que estava acontecendo)
Bem, paguei e fui me embora ainda estranhando toda aquela gentileza repentina... foi então que me lembrei da explicação do meu amigo italiano e me toquei que o fato de morarmos no mesmo prédio, na cabeça do jornaleiro deve ter me automaticamente me incluido na sua clientela, e assim, de um dia pro outro eu passei a ser bem tratado...
Como dizia Oblelix: Esses Romanos são uns loucos!
Italian way of life 01
Só pra vocês entenderem melhor como funciona a cabeça dos italianos. Em quase 100% das vezes que eu fui ao comércio fui mal tratado ou tratado com descaso. Uma vez, tive que esperar o atendente da banca de jornal terminar de falar com a namorada pro cara me atender, e eu só queria tirar 2 ou 3 cópias de um papel... sabe aquele esquema "desliga você, ah não, desliga você primeiro"?? Pois é... foram uns 5 minutos disso antes que a criatura se dignasse a me atender... OMas o caso mais sinistro foi assim:
Saímos a noite para um boteco com os amigos, e eu estava sem o "biglietto" pra voltar pra casa. (o biglietto é o correspondente ao vale transporte por aqui. é um ticket que você compra e depois carimba dentro do ônibus, metro ou bonde pra poder circular pela cidade) então passei numa tabacaria pra comprar um.(sim o "biglietto" é vendido em maquinas no metro, em bancas de jornal e em tabacarias). Até aí, tudo certo. Entrei na bar/tabacaria e tinha um atendente limpando o balcão pedi um biglietto pra ele e ele me disse pra falar com o outro sujeito que estava no fundo da tabacaria. Fui até lá e ele estava no meio de uma conversa com 2 outros sujeitos que estavam do lado de cá do balcão. Tentei pedir o biglietto, mas ele me fez um sinal com a mão que indicava que era pra eu esperar. Tudo bem... esperei... esperei... esperei... e enquanto esperava fiquei sabendo, nos mínimos detalhes, de todos os sofrimentos pelos quais o sujeito em questão passou quando teve um problema intestinal e teve que fazer uma lavagem seguida de uma endoscopia... a um certo ponto, me emputeci e fui embora. Quando passei pelo primeiro sujeito ele gritou pro outro, "Ei, eles queriam um "bigletto"!" e eu emendei: "É, queria, mas demorou tanto!" no que o cara lá do fundo todo putinho gritou daquele jeitão italiano alá Sopranos: "Oooou!!! Ma, acabaram de chegar!!! Pra que a pressa!!!"
O Foda, é que não achamos nada aberto, e no final tivemos que comprar a porra do "biglietto" la mesmo. Mas como não dou o braço a torcer, pedi pra uma amiga comprar pra mim... hehehe
Saímos a noite para um boteco com os amigos, e eu estava sem o "biglietto" pra voltar pra casa. (o biglietto é o correspondente ao vale transporte por aqui. é um ticket que você compra e depois carimba dentro do ônibus, metro ou bonde pra poder circular pela cidade) então passei numa tabacaria pra comprar um.(sim o "biglietto" é vendido em maquinas no metro, em bancas de jornal e em tabacarias). Até aí, tudo certo. Entrei na bar/tabacaria e tinha um atendente limpando o balcão pedi um biglietto pra ele e ele me disse pra falar com o outro sujeito que estava no fundo da tabacaria. Fui até lá e ele estava no meio de uma conversa com 2 outros sujeitos que estavam do lado de cá do balcão. Tentei pedir o biglietto, mas ele me fez um sinal com a mão que indicava que era pra eu esperar. Tudo bem... esperei... esperei... esperei... e enquanto esperava fiquei sabendo, nos mínimos detalhes, de todos os sofrimentos pelos quais o sujeito em questão passou quando teve um problema intestinal e teve que fazer uma lavagem seguida de uma endoscopia... a um certo ponto, me emputeci e fui embora. Quando passei pelo primeiro sujeito ele gritou pro outro, "Ei, eles queriam um "bigletto"!" e eu emendei: "É, queria, mas demorou tanto!" no que o cara lá do fundo todo putinho gritou daquele jeitão italiano alá Sopranos: "Oooou!!! Ma, acabaram de chegar!!! Pra que a pressa!!!"
O Foda, é que não achamos nada aberto, e no final tivemos que comprar a porra do "biglietto" la mesmo. Mas como não dou o braço a torcer, pedi pra uma amiga comprar pra mim... hehehe
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Historinhas Surreais italianas 03 - O banho
Essa é bem curtinha, mas é uma das mais surreais.
Um dia a Ana (minha filha mais nova) chega em casa e fala assim:
"Pai, hoje a professora viu que as unhas dos meus coleguinhas estavem muito sujas. Aí, ela falou assim: Meninos, vocês estão com as unhas muito sujas, precisam cuidar melhor da higiene. Lembrem-se: O banho é uma vez por semana, e não uma vez por mês!"
:-)
Um dia a Ana (minha filha mais nova) chega em casa e fala assim:
"Pai, hoje a professora viu que as unhas dos meus coleguinhas estavem muito sujas. Aí, ela falou assim: Meninos, vocês estão com as unhas muito sujas, precisam cuidar melhor da higiene. Lembrem-se: O banho é uma vez por semana, e não uma vez por mês!"
:-)
Penetras bons de bico
Ontem fui com uns amigos a uma mostra de Design num hotel altamente chic aqui em Milano chamado Nhow. Não sabíamos nada sobre o evento, fora o fato de que tinha a ver com design e que ia rolar um coquetel. E só quando chegamos lá foi que descobrimos que na verdade não era uma mostra, simplesmente neguinho redecorou o Hotel e estava fazendo a inauguração da nova decoração que ficará lá até 2009.
Eram 4 andares de salas, halls, corredores e etc... e aí fomos rodando pelo hotel, cada andar tinha umas paradas diferentes, cadeiras, poltronas, luminárias, quadros e, claro, nossa razão de estar ali: comida e bebida de graça.
Foi então, que no 4° andar, depois de ver o hall do elevador, passamos por um corredor e terminamos entrando em uma sala onde tava rolando um coquetel, claro que acabamos ficando por lá... só que eu comecei a achar a sala meio estranha... tinha um banheiro imenso todo de vidro, que obviamente ninguém poderia usar, uma escada que levava até um quarto no andar de cima, mas beleza, eu achei que fizesse parte da nova decoração do hotel...
Logo depois uma mulher que estava do nosso lado ficou olhando pra nós e soltou o seguinte comentario: Eles não estão controlando quem entra não? Pô, tudo bem que eu estava usando minha grife favorita de roupas, a mulambowear, mas porra! Mostra de Design, quem se arruma pra ir nesses eventos, fora os italianos?
Mas um pouco de comes e bebes e chega um segurança e fala: Isso é uma festa particular, vocês tem convite? e nós: Claro.
Mas como o cara não pediu pra ver o convite, foda-se, continuamos lá. A essa altura, já com a certeza de que aquilo não era uma sala do hotel, mas uma suíte presidencial daquelas gigantes ou algo do tipo... aí, quando já tinhamos comido pra caralho e bebido pra caralho decidimos voltar pro 1° andar onde a bebida era melhor e onde estava o resto da mostra. Porém, quando fomos sair o segurança na porta falou bem assim: Onde vocês vão? Paris está chegando em 15 minutos.
Hein!!!! Paris??? Entramos no elevador meio sem entender direito... todo mundo já meio bebado, falando merda, rindo e coisa e tal. Mas eis que chegamos ao 1° andar e, cinco minutos depois, passa por nós a Paris Hilton toda pirua e com uns 5 capangas em volta... só aí que a ficha caiu de verdade...
CARALHO!!! ENTRAMOS DE PENETRA NUMA FESTA DA PARIS HILTON!!!!! UHÚÚÚÚÚÚÚÚÚÚÚÚ
Eram 4 andares de salas, halls, corredores e etc... e aí fomos rodando pelo hotel, cada andar tinha umas paradas diferentes, cadeiras, poltronas, luminárias, quadros e, claro, nossa razão de estar ali: comida e bebida de graça.
Foi então, que no 4° andar, depois de ver o hall do elevador, passamos por um corredor e terminamos entrando em uma sala onde tava rolando um coquetel, claro que acabamos ficando por lá... só que eu comecei a achar a sala meio estranha... tinha um banheiro imenso todo de vidro, que obviamente ninguém poderia usar, uma escada que levava até um quarto no andar de cima, mas beleza, eu achei que fizesse parte da nova decoração do hotel...
Logo depois uma mulher que estava do nosso lado ficou olhando pra nós e soltou o seguinte comentario: Eles não estão controlando quem entra não? Pô, tudo bem que eu estava usando minha grife favorita de roupas, a mulambowear, mas porra! Mostra de Design, quem se arruma pra ir nesses eventos, fora os italianos?
Mas um pouco de comes e bebes e chega um segurança e fala: Isso é uma festa particular, vocês tem convite? e nós: Claro.
Mas como o cara não pediu pra ver o convite, foda-se, continuamos lá. A essa altura, já com a certeza de que aquilo não era uma sala do hotel, mas uma suíte presidencial daquelas gigantes ou algo do tipo... aí, quando já tinhamos comido pra caralho e bebido pra caralho decidimos voltar pro 1° andar onde a bebida era melhor e onde estava o resto da mostra. Porém, quando fomos sair o segurança na porta falou bem assim: Onde vocês vão? Paris está chegando em 15 minutos.
Hein!!!! Paris??? Entramos no elevador meio sem entender direito... todo mundo já meio bebado, falando merda, rindo e coisa e tal. Mas eis que chegamos ao 1° andar e, cinco minutos depois, passa por nós a Paris Hilton toda pirua e com uns 5 capangas em volta... só aí que a ficha caiu de verdade...
CARALHO!!! ENTRAMOS DE PENETRA NUMA FESTA DA PARIS HILTON!!!!! UHÚÚÚÚÚÚÚÚÚÚÚÚ
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